Relato de Parto - Antônio

 27 de fevereiro de 2025 

Era mais um dia comum...

Acordei, fui ao pilates e ao chegar em casa, reforcei o café da manhã. Olavo me aguardava, já bem animado, para brincar e, em seguida, fazer a rotina habitual para ele ir à escola. Brincamos e nesse dia, também dançamos muito na sala de casa, aproveitando o clima do carnaval e foi uma alegria só!

Deu-se o final da manhã, almoçamos. À tarde, me organizei para ir à consulta com o meu obstetra, Dr. Antonio Carlos. Foi uma ótima consulta, tudo normal, dentro do esperado. Eu estava com 39 semanas e 3 dias e seguia super bem, apenas com as dores pélvicas que me acompanharam por quase toda a gestação e nesse período final, se intensificaram, mas sabia que fazia parte do processo.

A noite chegou e tudo fluía normal, como de costume. Jantamos, brinquei com Olavo e às 21h, fui colocá-lo para dormir. Quando estava com ele na cama, escutei um “ploft”, de imediato já imaginei ser a bolsa que havia rompido. Coloquei a mão no colchão e sim, estava molhado. Prontamente me levantei e fui ao banheiro. Olavo sem entender, me questionou: "o que houve, mamãe?”, eu então, falei: Antônio vai nascer, filho!. Ele mesmo sem entender, ficou no banheiro junto comigo, me ajudou a pegar um absorvente e me esperou. Nisso, mandei mensagem para Damy, liguei para Luis (que havia ido ao mercado) e voltei para colocar Olavo para dormir. Ele dormiu! Naquele momento, eu pude focar que realmente estava iniciando meu trabalho de parto. E, com relação a sentir dor e/ou desconforto, ainda não estava sentindo nada. Logo, voltei a falar com a Damy e ela disse que a enfermeira Larissa, iria me avaliar. Fiquei aguardando-a e aproveitei para secar o cabelo. Luis chegou e, em seguida, a Larissa. Conversamos um pouco e ela me avaliou. Eu estava com 5 pra 6 cm de dilatação e colo fino, segundo ela. Assim, logo ela entrou em contato com a Damy e com o Dr. Antonio e viram que a melhor condução seria eu logo ir para o hospital. Previam que minha evolução seria rápida e quando as dores começassem seria de vez (bem que disseram).

Já era umas 22:30 e eu não sentia quase dor. Damy chegou na minha casa e já me trouxe mais segurança e confiança no processo. Eu estava muito tranquila. Fui lanchar e decidimos acordar Olavo, para juntos, irmos para o hospital.  Assim, fizemos. Não havia trânsito, dor, desconforto, medo, nenhuma insegurança. Deus realmente, preparou a melhor hora. Olavo ficou tranquilo do início ao fim.

Ao chegar ao hospital, por volta de quase 23h, fiz a internação e fui para sala de parto. Meu obstetra já me aguardava. O Olavo me ajudou a seguir para o quarto, eu de cadeira de rodas e ele segurando a minha mão (nunca vou me esquecer desse momento).

E eis que já na sala de parto, as contrações começaram a se intensificar... e de fato, evoluíram muito rápido.

Tive vontade de urinar, fui ao banheiro e me veio também a vontade de defecar. Naquele momento, a contração veio muito forte. Meu marido estava comigo e pedi mais apoio a Damy e Dr. Antonio pra sair dali e deitar, não estava aguentando aquela posição. Já na cama, o Dr. Antonio me avaliou e disse que o Antônio já estava vindo! Damy logo foi chamar a equipe do hospital e lembro-me que foi na 3 contração forte, no grito alto que ecoei, que o Antonio nasceu! Ele já deu um forte choro ao sair a cabecinha e eu mais uma vez, renasci! Foi às 00:54, do dia 28 de fevereiro de 2025. Foi lindo, mágico, divino e eu consegui, pela segunda vez! Agradeço mais uma vez a minha rede de apoio profissional, que estiveram nesse momento comigo: meu obstetra Dr. Antonio Carlos e a Damy, como fisioterapeuta. Ainda, agradeço a Larissa, enfermeira obstétrica, pela consulta domiciliar, a Anna Luiza, nutricionista, pelo acompanhamento alimentar, a Isabela Agra pelo acompanhamento nas ultrassons, a Glaucia, minha auxiliar de consultório, que foi babá por uma noite e, claro, ao meu marido Luis, que sempre foi meu apoio, força e segurança. À todos, minha eterna gratidão! Eu consegui! Eu pari da forma mais sublime que existe! Bem-vindo, Antônio!